Parte da Política Nacional para a População em Situação de Rua (PNPR), criado pelo Decreto 7.053/2009, dentro dos parâmetros estabelecidos pela Política Nacional de Assistência Social, inaugurado em 2013, o Centro POP em Franca em seu quinto ano de funcionamento enfrenta problemas nas mãos de uma administração municipal que não prioriza a garantia de direitos das pessoas que estão na margem da sociedade.
Desde o início da gestão do atual prefeito, Gilson de Souza (DEM), existem discussões sobre a descontinuidade do serviço oferecido pelo POP, que atualmente oferece café da manhã, materiais de higiene, local para banho, roupas limpas de doação, atividades artísticas, atendimento psicológico e dinâmicas sobre redução de danos para pessoas em drogadição, serviços que são ofertados para que haja mínima dignidade para que o cidadão se apresente e se mantenha. Em Janeiro de 2018, a reformulação dos atendimentos foi defendida pelo Secretário Municipal de Ação Social, Vanderlei Tristão.
Apesar da sua importante função exercida para a sociedade, um dos serviços oferecidos pelo POP, a distribuição do almoço, foi cortada em Maio. Os argumentos apresentados para acabar o serviço são a economia de cerca de R$ 30 mil mensais e um dado apresentado onde a maioria das pessoas que são beneficiadas já recebem algum outro tipo de assistência do governo.
É importante lembrar que o POP é uma das maneiras de se fazer cumprir a PNPR, que pretende garantir o respeito à dignidade da pessoa humana, a valorização e respeito à vida e à cidadania e o atendimento humanizado e universalizado, sendo estes direitos de todas as pessoas, mas que precisam ser mais enfatizados em casos onde a população é mais vulnerável.
Assim, discutir o corte de serviços e executá-lo, em qualquer medida, é fazer com que pessoas que já vivam em violência social e psicológica por não conseguirem integrar a sociedade por conta de seus fragilizados laços, se vejam ainda mais isoladas e distantes, com chances diminuídas de serem ressocializadas.
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